Perdi a conta ao número de vezes que morri
Perdi a conta ao número de vezes que existi
Santo patrono de causas perdidas
Esperando e ansiando incrédulo
Depositando fé no vão e ignóbil
Perdi a conta das pessoas que passaram por mim
Tornando-me membro de todos os grupos
Pertencendo a um vazio de estereótipos
E não me juntando a ninguém
Remetendo ao silêncio todos os sentimentos
Expondo o necessário à mercê das regras
Abrindo o coração a estranhos errantes
Aproveitando todas as lições que as suas vidas carregam
Admirando suas virtudes e amando as suas ditas falhas
Que tal de ignorante optimismo
Que tal a máscara do palhaço feliz
Que tal a ingénua confiança dada de mão beijada
Na esperança de um amor futuro
Que após todas as oportunidades, nunca veio...
Que também sempre se mascarou
Que pelo menos uma única vez me iludiu, humilhou e matou
Quebrado o encanto, conto mais uma vez que morri
Junto-a, dentro do cofre de coisas poucas, a todas as outras que pereci
E vejo nelas as cinzas da reencarnação etérea...
Sim...
Por completo ainda não me dou...
Por alguma razão ainda não dou de mim...
Talvez estas vidas e renascimentos me mostrem algo que nunca vi
Dou longo e expansivo espaço no coração
Olvidando a oferta de mim que prendo nos meus medos e ilusões
Talvez por isso tenha perdido a conta ao número de vezes que morri
Talvez por isso tenha perdido a conta ao número de vezes que existi
Talvez por isso não renasça no iluminado eterno que ama e é amado
Por simplesmente existir...
神龍、11日3月2013年
Tuesday, March 12, 2013
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