Pequenas dores do dia-a-dia se acumulam...
Tão pequenas que de longe parecem nem existir,
Pequenas como gotas que se juntam engrossando e violentando rios e mares...
Pequenas como areias das erosões que juntas formam pontas de dunas nas praias ou desertos...
Tão juntas que mostram que de facto existem,
De facto doem,
De facto sentimos...
A dor do ser usado e abusado...
Do ciúme, do ser traído ou trocado,
A dor de ser esquecido ou rejeitado, ser desprezado e menosprezado,
A dor de não saber, de todas as possíveis e imaginadas, qual será a real e factual dor...
A dor de frustrado e isolado, banalizado...
A dor de morte que se torna constante, contínua, ferrenha e fixa no peito...
A dor emocional tão acumulada e magnânime que acaba por se fundir com a dor física...
Por mais que olhe em redor e me desoriente com qualquer organismo ou artifício,
Por mais que insista em perder-me no vazio de coisas inúteis
Ou no preenchido das que mais necessito,
Nada...
Mesmo nada impede de sentir dor...
Dor que não acaba,
Dor incessantemente hiperbólica em todo o esplendor dos exageros...
Uns dizem padecer de um não-amor intolerante...
Tão quimérico e cativante
Que induz em erro paciente e suas víctimas, curandeiro e assistentes...
Doença tão ruim de existir que só causa dor em seu redor...
Capaz de criar fé vã nos que nela se iludem e morrem...
Verdade ou mentira, não sei,
Mas facto é que pareceu infectar-me...
神龍、9日2月2013年
Saturday, February 9, 2013
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1 comment:
Tudo na vida é uma escolha, inclusive sentimentos e o seu efeito aditivo.
Gosto de como acabas por de certo modo expor isso
Good job, as usual :)
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