Friday, April 8, 2011

Inocência da Lua

Meu dia que longo vai
Minha lavoura que segue contínua
Infindável minha efémera dominadora
Que finda com a troca de turnos
As Horae alternam a dança e quem amo surge

Minha Dama virginal
Que invisível se move sobre mim
E me ilumina na escuridão
Face cheia ou perfil suave num tango gélido
Uma caça aos que se me atravessam pelo caminho

Teu sorriso reflecte não mais que minha aura quando te miro
Ignorando-te em horas mais fatídicas de meu tédio
Louvando-te com meu olhar em momentos só nossos
Procurando-te quando me viras, amarga, tua espalda
Cego na tua presença

Sorriso do louco gato
Que se me entranha num arrepio de espinha
Brisas frias de teus puros lábios
Imaculada boca do corpo
Que esquarteja com o olhar mesmo inocentes
Aqueles que se atrevem olhar tua inocência
Que dela só tua ingenuidade de infanta faz brilhar

Teu lado Yin de veludo que subtil
Traz as malícias humanas escondidas
Enfrentando seus transmissores e o mundo
Num jogo de palavras e gestos sedutores
Que me logram os sentidos
Fazendo-me sentir escravo de ti
Quando apenas sou amante...


神龍、8日4月2011年