Friday, September 28, 2007

Chuva do Apocalipse

Caem pós de estrelas na noite…
Pensa-se ser belo, bonito, divino, mas… não é mais do que ideias, acontecimentos, factos consumados…
Alguns dos grãos sentem-se como agulhas finas, outros como carícias, dando sensações infernais ou de prazer…
Com passos, a terra rola sobre si e os lugares vão-se deslocando debaixo dos nossos pés e surpreendem-nos com seus segredos, loucuras, mistérios que não interessam a ninguém ou quase ninguém…
Uma mão sobre o chão… puxa-se o tapete…
Há quedas… talvez mortos ou feridos… e a nossa terra pára,… até alguém se levantar e começar a “passar”…
E vamos tentando sobreviver com este armagedão de ideias, acontecimentos e factos consumados…
Sob chuva de estrelas da vida…

神亀、28日9月2007年

Força viva e intelecto escondido

Cenário de Outono e Verão
Lugar de extrema inspiração
Poetas, artistas
Génios da rebelião
Da mente, das gentes
Artistas mestres da visão
E tradução de sentimentos
De alegrias e sofrimentos
E muitos outros sem excepção

Imagem errada
De mentes brilhantes
Escondidas expectantes
Em vidas estranhas
E duras
Que perduram em contentação
Recebendo tudo de coração
Em fortes peitos
De armaduras inquebráveis de latão…

神亀、27日9月2007年

Pax Regina

Gentes afáveis
Gestos amáveis
Planas calmas e alegrias
Simpáticas e ternas folias
De quem vive com o tempo
Vivendo ao sabor do vento
Que pouco existe
Abraçado à estrelada escuridão

Pedaços de campos do Paraíso
Tão desertos como o deserto
Mas bem governados
Pela Natura e mentes
Destas tão calmas gentes
Que recebem seus queridos desconhecidos
Na sua boca um sorriso

Reinos de nuvens de terra
Nas suas sombras descansam
Sem preocupações mundanas
Mundo "sem porquês" tranquilo
Pobre, mas inovador estilo
De seres mais que perfeitos

Telas de cores e sabores
Distinções e obras de valores
Inalcançáveis, incalculáveis
De homens de forte porte
De mulheres de pulso firme

Não há espirito que desanime
Nem em fracasso ou ruína
Tolos, apenas de imagem
Espertos, sempre de feitio

Não há dono de ninguém
Todos eles cheios de brio
Nesta terra regina

Graça de cara
Simpatia de palavra

Onde a paz é rainha...

神亀、27日9月2007年

Thursday, September 20, 2007

Hino a ti…

Deusa do Fogo
Que brilhas em todo o teu esplendor
Perante estrelas e espaço
Minúsculos em teu redor

Malwa, menina, mulher
És toda de coração
O ser mais valente e ardente
De toda a população

A mulher de força e coragem
Uma esfinge poderosa, não dramática
Nada enigmática, nada apática
Símbolo vivo e nunca miragem

Peço a tudo, que me ames
Que nos ames
Como todos te amam a ti
O ser humano mais belo que eu já vi

És madre, és irmã
És amiga-vilã
És a fama a preceito
Sem qualquer preconceito

És o brilho reluzente
Leoa quente, sem fôlego
És dum ambíguo tolo
És menina e mulher

Imperatriz do prazer
Dama da intensidade
És sexo e lazer
Explodindo de felicidade

És amor digno de louvor
Por isso te louvo agora
Cheia de medos e dor
Aguentas com a vida a for a

Lá fora, cá for a
Te esperamos num abraço
Múltiplo, infinito
Para contigo nos unirmos em gigante laço

Nunca nos deixes
Nunca me abandones
Malwa, menina, mulher
Madre, irmã do meu ser

Quero uma lágrima tua
Para às minhas juntar
Como recordação de cristal
Que para sempre vou guardar

Juro por tudo o que existe
E o que possa vir a existir
Malwa Perfekta,
Impera sobre todo o agir…

神亀、27日7月2007年





Note:
Este poema é inteiramente dedicado a uma das poucas pessoas que mais amo nesta vida...
Malu, Lulu, Malúcia, Má Lua, Marisol, Shakalulu,... chamem-te o que chamarem serás sempre a mesma pessoa,... alguém querido, determinado, corajoso... alguém que luta muito por aquilo que quer, alguém que pondera bem sobre o que faz, alguém que não abandona as pessoas que ama, alguém único e indiscutivelmente bom...

Só peço deskulpa por não ter postado isto antes (pk era suposto isto ser um presente de aniversário pa ti, paixão)... enfim, antes tarde k nunka... espero k gostes minha malulu windona^^

hugz & kissez,
shin^^

Tuesday, September 11, 2007

優しい涙/ Meninas de sal

Yasashii namida/ Meninas de sal
(Queridas lágrimas/ Meninas de sal)



Meninas de sal
Que correm e percorrem
Admiram águas que escorrem
E se fundem no areal

Grãos de deserto fino e frio
Encobrindo fogo e feitio
De espécimes estranhos
Simpáticos
Ansiosos por um desvio
Que não lhes é certo
Reservando-lhes fortuna
Ou destino sombrio

Meninas de sal
Vistam-se de rios e mares
Pois são lá vossos lugares
Espiralando, serpenteando
Bailando e contornando
As faces da vossa terra
Até ao fim do vosso mar

Leves e breves brisas
Brotam seus ramos de vento
Dos céus
Em véus que a ele vénias fazem
E felicitam
E contemplam e agradecem
Por movê-las e demovê-las
Do seu quotidiano desconforto
Do qual padecem

Meninas de sal
Brinquem sem medo
Passou e ultrapassou
Findou e expirou
A era de vos quererem mal
Soltem preces, gritos e risos
Libertem alegrias, louvores e sorrisos
Pois das minhas lágrimas
Só espero felicidade…

神亀、8日9月2007年

Apenas o sono 2

(alma orientada/ marioneta da senhora das mil mãos)


Vou andando…
indo por aqui e por ali…

Tento bater as asas de novo, mas nada de nada…
Como se as tivesse perdido de um dia para o outro, sem que elas tivessem sequer saído das minhas costas…

Bato com o pé no chão furiosamente, mas acalmo-me e prossigo meu passeio vadio…
Vagabundeando…
Sigo sem olhar para trás…
Mãos seguram minhas roupas e vão me puxando com as suas forças,… tento resistir, tento fugir, mas sou coberto por mil palmas em conjunto, mil pulsos firmes, mil forças do mesmo ser…

Tento de novo bater as asas, mas, como marioneta, estou preso por fios, limitado a movimentos que não me pertencem,… dedos tacteiam o ar, mãos de outros seres, e os fios traçam-me acções que nunca quis cometer…

Procuro forças em meus membros para me poder libertar destas finas amarras que no fundo não quero partir para não causar danos, mas… há utopias que devem ser concretizadas…

Vou adormecendo e deixando-me levar…

Esqueci o vaguear do meu corpo pelas ruas e da mente pelo espaço…
Tento manter-me dormente para não sentir nada do que me levam a fazer…
É uma vida um tanto ou quanto patética, mas que fazer…
É complicado deitar por terra um edifício que apesar de ter estrutura defeituosa, consegue manter-se de pé contra todas as adversidades…
Julgamos fácil,…
Destruir, construir…
Destruir, construir…
Desenvolver, aperfeiçoar…
Nada!
Nada é assim!

Não se pode mexer no que já foi mexido com o intuito se mudar quando já se modificou…
A insistência, a persistência…
Mais alguns fios vão se colando a mim…
Mais acções e reacções não minhas, mas sim sobre mim…
Corpo dormente e manipulado, mas sóbrio e consciente para ter noção de tudo o que acontece e faz acontecer… embora seja o que menos se deseja…

Já nem penso em libertar-me, visto não conseguir, apenas espero até se cansarem ou fartarem ou simplesmente julgarem que me têm como certo…

Tenho medo…
Tenho…
Não, espera, eu não tenho nada…
São os seres dos fios que possuem tudo o que era meu… É o ser das mil palmas que tudo toma, não como seu, mas de sua guarda…

Não sei mais que esperar…
Fico cada vez mais dormente e as poucas forças que me restavam, usei-as para adormecer tudo em mim…
Já não consigo pensar…
Não sou mais do que peso morto…
Não sou mais do que uma marioneta sem vida…
Não sou mais nada…

Sentia-me alienado, sentia-me envergonhado, sentia-me perseguido, sentia-me desconfiado, sentia-me insultado, sentia-me violado…
Agora que cada uma dessas fases passou já não consigo sentir que estou morto ou que sou mexido e remexido por outros…

Dormência, sonolência…
No apogeu da minha era…
Morte precoce, não física…
No apogeu da minha era…

Nem a minha senhora da noite me conforta mais…
Nem os lençóis de brisas ou rodopios e danças do vento intenso me animam ou contentam…
Nada…
Nada de nada…
Entro no reino do nada…
Apesar de nunca ter saído do meu mundo…

E adormeço…
por fim…


神亀、27日8月2007年