Finas espadas rodopiam...
Como tornados esvanecem tudo, em suaves e finos cortes e estocadas que se sentem em extremos ventos que dançam em infinitas espirais...
Pegadas de memórias fixas num chão arenoso...
São rapidamente lavadas pelo tempo, o eterno oceano do cosmos que com o seu relógio perfeito fuzila tudo, afogando e asfixiando seres não merecedores das vidas que lhes foram emprestadas...
Uma melodia calma e tranquila revolve-se numa fogosa batida de um coração terrestre que parece explodir a qualquer momento... Em loucas e ferozes pulsações que repelem e assustam quem se aproxima... Um harém de mortas tentações que provocam sensações inumanas quase divinas ou deliciosamente infernais...
Como um engolir de veneno, sinto-me tragar sapos que incham a minha garganta e me sufocam as palavras que o coração me murmura... E que acabam por coaxar frases sem qualquer nexo, misturando-lhes sentidos, sentimentos e intenções completamente contra a minha vontade e que me mancham a face com negra tinta letal e me cegam...
Trespassando a escuridão as minhas flechas verbais desorientadas...
Um olhar... um tocar... um despertar de um sonho eterno... uma ressurreição... uma nova encarnação...
Só espero que a branca de neve não se torne negra de carvão...
E que eu possa respirar de alívio, sem que nenhum obstáculo me impeça de sentir o cheiro, sabor e calor de uma nova vida...
神龍、2日3月2008年
Sunday, March 2, 2008
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1 comment:
"pegadas de memórias fixas num chão arenoso..."
a memória esvanesce-se,mas por vezes é melhor assim..aspiremos á nova vida,á merecida ressureição,repleta de olhares,toques,sensações...
muito bom,gostei imenso.beijo grande.
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