Não consigo sentir raiva de mim...
Nem de ti...
Muito menos de ti...
Não compreendo como consegues, mas...
O engraçado e irónico é que sei que tu tão pouco sabes...
E sinto-me tão perdido em dúvidas que já havia esclarecido a mim próprio...
Sinto-me a afogar nessas mesmas dúvidas e simultaneamente a imortalizá-las...
Como se fossem água da chuva, morrendo ao cair do céu e ressuscitando ao ascender a ele...
É irracional, imoral...
Sou eu...
É o meu coração descontrolado...
É o incerto e o inseguro a dominarem-me...
É a tentação a querer reger-me...
É o meu corpo a deter-me...
Até o meu mundo de sono onde impero, tu invades e dominas sem vontade...
E eu sem forças fico para resistir...
Subjugo-me a ordens dadas
Por um líder que não tem qualquer interesse em governar,
O que quer e quem quer que seja...
Pois não possui sequer conhecimento do poder que detem...
E, como um harlequim, joga os meus sentimentos aos ares
Como que malabares...
E como reflexo saído de um espelho,
Uma alma invisível,
Manipula-me involuntariamente,
Puxando e arredando cordas como quem controla uma marioneta...
E o que mais me enoja é que eu permito...
E o que mais me faz tentar esquecer,
Para além de saber que de nada sabes,
É o saber que não te posso ter...
神龍、19日8月2009年
Wednesday, August 19, 2009
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