Sinto o meu corpo quente, mas a minha almofada gelada... Ela ampara-me a mente nostálgica que mata tempo na ronha após o meu despertar... Pensando em coisas vagas, julgadas esquecidas ou simplesmente irreais, sem qualquer lugar no passado...
Sou emigrante recém-chegado de minha terra natal a este mundo tão conhecido e em simultâneo tão oculto em tantos aspectos, que nos faz temê-lo como um inferno ou adorá-lo como um paraíso...
Uma ambiguidade eterna...
Quase, sim, quase todas as noites volto ao meu mundo, à minha terra querida e bem amada que me proporciona uma diversidade de vivências inigualáveis... Vivências que nunca esquecerei e vivências das quais nunca mais tive memória...
O meu suporte é também meu portal para o reino de caprichos e desejos egoístas...
Contudo, tenho visitado este meu reino vezes demais, num ritual criado pelo meu corpo sem que a minha consciência tivesse voto algum, transfigurando minha forma humana numa espécie de sonâmbulo consciente de seus actos, mas sem qualquer controlo sobre estes...
E consciente conto e canto na minha cabeça a formação d'um pequeno tipo de poema que aprendi a criar...
I hope for mayhem
The destruction from winter
To clean my body
Uma profunda introspecção necessária que espero que o meu corpo tome consciência, pois a minha mente já vive saturada de esperar...
Saturada e fria, como o travesseiro que lhe ampara o fado, nesta ociosa ronha quase vespertina...
神龍、24日12月2009年
Thursday, December 24, 2009
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